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Entrevista Ádria Rocha Santos

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Entrevista Ádria Rocha Santos

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Recordista Mundial, a velocista mineira da cidade de Nanuque, Ádria Rocha Santos,é exemplo de superação.

Ádria Rocha Santos – por Adriana Nogueira

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Recordista Mundial, a velocista mineira da cidade de Nanuque, Ádria Rocha Santos,é exemplo de superação. Devido a Retinose Pigmentar, perdeu totalmente a visão em 1994. Aos 13 anos, conquistou a sua primeira medalha de ouro. Quando criança já gostava de correr e se o destino não lhe oferecesse os pódios do atletismo, seria o piano a sua grande paixão.

LMC – Ádria, que ano você nasceu?
Ádria – Nasci em 11 de agosto de 1974.

LMC – Onde reside atualmente?
Ádria – Joinville / SC.

LMC – Quando você começou a praticar o esporte?
Ádria – Comecei em 1987, quando entrei no Instituto São Rafael, escola para Deficientes Visuais, em Belo Horizonte. Sempre gostei de correr.

LMC – Especialidade de prova e classe?
Ádria – 100m, 200m e 400m – T11.

LMC – Atualmente, quem são seus patrocinadores e clube?
Ádria – Mizuno, GOL Linhas aéreas, Limpol – Clube ACIC (Associação Catarinense para Integração do Cego).

LMC – Quantas medalhas na sua coleção e principais competições?
Ádria – São 12 medalhas Paraolímpicas (4 ouro e 8 prata) sendo 46 internacionais e 146 nacionais. As cinco edições de Paraolimpíadas e o tricampeonato pela IAAF (Federação internacional de Atletismo Amador).

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LMC – Qual foi a sua maior conquista?
Ádria – O reconhecimento da sociedade em ver que os paraolímpicos são tão importantes quanto os olímpicos.

LMC – Pra um Deficiente Visual, quais são os benefícios do esporte?
Ádria – O esporte ajuda na saúde e no caso dos Deficientes Visuais ajuda muito na locomoção.

LMC – O que a maior velocista brasileira espera do Paraatletismo do Brasil?
Ádria – Espero que surjam novos atletas e que eles sejam respeitados pela sociedade. Além de terem estrutura para treinarem, seguindo em frente.

LMC – Qual a emoção de participar de uma Paraolimpíada?
Ádria – É uma emoção inexplicável. Pois quando estamos numa paraolimpíada, longe de casa e da família, e conseguimos nos superar, levando o nome do nosso país ao lugar mais alto do pódio, é muito emocionante.

LMC – Você acredita que o esporte paraolímpico é geralmente ignorado pelos torcedores brasileiros e pela imprensa?
Ádria – Sim, mas está melhorando. O que influenciou bastante foi a excelente cobertura que a mídia fez das Paraolimpíadas de Atenas. Agora temos a chance que o Parapan, por ser no Brasil, melhore mais um pouco isso. Gostaria que o público comparecesse em bom número e incentivasse os atletas brasileiros. Muitos não conhecem como funciona o esporte paraolímpico, é uma boa oportunidade para conhecerem e descobrirem o quanto é emocionante uma competição paraolímpica.

LMC – Nesses anos todos, qual foi o momento de maior superação em sua carreira?
Ádria – Foi quando tive que fazer minha segunda operação no joelho. Pensava que não teria mais condições de competir naquele ano. Três meses após a cirurgia, eu estava no mundial conquistando duas medalhas de ouro e uma de bronze para o Brasil.

LMC – Sua filha sempre te acompanha? A participação dela é bem interessante.
Ádria – Ela é tudo. Na vida de um atleta é muito importante o apoio da família. Saber que nas horas mais difíceis posso contar com ela, me deixa bastante tranqüila para continuar competindo em busca dos meus objetivos.

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LMC – Quem você acredita que deveria dar mais atenção ao desporto paraolímpico?
Ádria – Os governantes, reitores de universidades e pessoas com influência na sociedade capazes de mudar a visão do povo brasileiro aos poucos e progressivamente do desporto paraolímpico em geral.

LMC – Como outros países encaram essa realidade?
Ádria – Desconheço a política de incentivo ao esporte paraolímpico, mas sei que pelo menos possuem uma estrutura física muito boa para o desenvolvimento de novos atletas. Por exemplo: pistas, piscinas, quadras, etc.

LMC – Novos projetos?
Ádria – Bom, para o futuro próximo quero terminar meu curso de inglês. Depois que me aposentar das pistas quero cursar uma faculdade e ter um projeto social com crianças.

LMC – O que espera do Parapan-americano 2007?
Ádria – A expectativa é grande, pois estou completando, no mês de outubro, 20 anos de carreira. Espero poder brilhar dentro do meu país.

LMC – Você conhece a equipe de Goalball do LMC/ Santos Futebol Clube, uma das melhores do país?
Ádria – Não conheço os jogadores pessoalmente, mas já ouvi falar muito bem da equipe de vocês.

LMC – Que conselho você daria aos atletas do LMC e também àqueles que estão começando em algum esporte?
Ádria – A todas as pessoas com deficiência gostaria de deixar o recado que praticar esporte é tudo. Gostaria de dizer aos pais de pessoas com deficiência que não prendam seus filhos em casa. Coloquem os para praticar esporte. Nós não devemos ter vergonha de mostrar nossa deficiência. Ao contrário, através do esporte mostramos a nossa eficiência.

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